Carro: benção ou maldição? • parte 2

““Ouça conselhos e aceite instruções, e acabará sendo sábio.” - Provérbios 19:20

Dando sequência ao texto da semana passada a respeito de veículos, prossigo neste texto colocando mais algumas questões que devem ser analisadas, bem como algumas dicas relacionadas ao assunto.
• Para quem não tem pressa na aquisição ou na troca do veículo, uma alternativa interessante ao financiamento bancário pode ser o consórcio de veículos, pois tende a ser menos burocrático e com custo muito mais baixo que um financiamento. No entanto, é importante ler com atenção às cláusulas do contrato, para entender todas as taxas e custos, as condições gerais, o impacto da inadimplência dos demais participantes do consórcio em toda a operação, etc.
• O ideal é que TODOS os gastos com o carro não ultrapassem 25% do rendimento total mensal da pessoa ou casal, contando nesse percentual inclusive as parcelas do financiamento (ou consórcio, se for o caso). Mais do que 25% (que já é um percentual alto), já começa a prejudicar o orçamento, via de regra.
• As manutenções do carro devem ser preventivas, e feitas com frequência. Não deixe vencer a troca de óleo, acabar a água e procure periodicamente levar o carro à alguma oficina de confiança, para acompanhamento. Um carro bem conservado tende a ser mais valorizado e fácil para negociar futuramente, além de fazer com que a possibilidade de imprevistos mecânicos/elétricos com o carro caia drasticamente.
• Dentro das possibilidades de sua família, opte por carros menores. Quanto maior o carro, maiores os gastos com combustível, seguro, pneus, etc.
• Vale a pena dar uma olhada na Tabela de consumo/eficiência energética da INMETRO. Lá você encontra informações MUITO interessantes, que podem te levar a optar por carros mais econômicos e mais eficientes. O link é este:
http://www.inmetro.gov.br/consumidor/tabelas_pbe_veicular.asp
• Hoje em dia é possível abater o custo de um carro, compartilhando o mesmo enquanto não o utiliza. Hoje em dia existem aplicativos interessantes que valem a pena uma conferida. Nesses aplicativos, pessoas podem alugar seu carro por horas, dias, semanas ou meses, se for do seu interesse. Tudo pelo preço que você estipular, e contando com seguros que protegem seu veículo. Existem algumas opções de aplicativos, tais como o Fleety, por exemplo (https://www.fleety.com.br)
• Analise friamente a necessidade de mais de 1 carro na família. Em muitos casos que já acompanhei, a relação custo x benefício que um segundo ou terceiro carro trazia era muito baixa, e mais prejudicava o orçamento do que ajudava a família. Nesses casos, pode-se analisar a possibilidade de utilização de taxi/uber ou mesmo bicicleta ou transporte público para trechos mais curtos.
• Analise friamente a necessidade de um carro zero quilômetro. Embora o cheio de carro novo seja tentador, só de tirar da concessionária, você já perdeu 10% a 15% do valor do veículo. Ou seja, se comprou um carro novo por R$ 40 mil, ele automaticamente já desvalorizou de R$ 4 a 6 mil. É possível garimpar opções de seminovos de anos recentes, com baixa quilometragem e usando essa desvalorização natural como vantagem, pagando menos pelo veículo.
• Pesquise pelos carros com manutenção mais barata. O Centro de Experimentação e Segurança Viária (Cesvi) calcula o Índice de Manutenção Veicular (IMV), que avalia carros com relação aos custos de itens mais substituídos até os R$ 100 mil km rodados, e sua mão de obra. Neste link você acompanha o resultado de uma das pesquisas mais recentes: http://g1.globo.com/carros/noticia/2015/08/veja-os-carros-com-manutencao-mais-barata-do-pais-segundo-o-cesvi.html
• Não compre por impulso! Pesquise! Compare! Pechinche!
Se desejar, faça suas considerações no espaço abaixo destinado a comentários! Coloque suas questões e dúvidas, que eu possa trabalhar em cima disso em próximos textos!
Grande abraço e que Deus nos abençoe!
Ronaldo Bella Sócio da Allux Investimentos Membro na Catedral Metodista de São Paulo