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Comprar ou não comprar imóvel: eis a questão! - Parte 1


Ronaldo
 

“Os planos do diligente tendem à abundância,mas a pressa excessiva, à pobreza.” - Provérbios 21.15

 
RobsOlimpíadas Rio 2016

Nos últimos 2 textos abordei um assunto que compromete o orçamento de muitas pessoas e casais: o carro. No texto desta semana, iniciarei a abordagem de outro assunto igualmente potencialmente comprometedor do orçamento de muitos: a compra de um IMÓVEL.


Praticamente todos os brasileiros/as sonham com a compra de uma casa própria. E realmente não pagar mais aluguel, e sim possuir algo que é seu, é algo que traz muita tranquilidade à mente. A questão é COMO e QUANDO conquistar esse sonho tão desejado!


Comprar um imóvel era um grande negócio até um passado relativamente recente, até a época em que as taxas de inflação eram muito elevadas e o mercado financeiro não oferecia alternativas de investimento que acompanhassem a inflação.


Compra de imóvel ainda jovem


Já auxiliei alguns jovens casais quanto à compra ou não de uma casa própria, utilizando o financiamento bancário para tal feito.


A grande questão de comprar um imóvel na fase inicial de uma vida (seja solteiro, seja recém-casado), é que via de regra, as condições financeiras não permitem a aquisição de um grande imóvel, ou de um imóvel que os atenda pelo resto da vida. Dessa forma, geralmente tem que tomar uma difícil decisão: ou comprar um imóvel pequeno ou então muito distante de seu local de trabalho e/ou do local em que a família mora.


Comprar um imóvel pequeno financiado em uma fase inicial da vida traz alguns complicadores, e cito alguns abaixo:


• Um apartamento pequeno pode não servir mais em um prazo muito curto, como por exemplo no caso de um/a (ou mais de um/a) filho/a. É muito comum um casal novo comprar um apartamento, financiar em 30 anos, e em menos de 3 ou 4 anos ocorrer uma gravidez, o que os obriga a procurar algum apartamento maior. A questão é que no financiamento que fizeram, os bancos espertamente cobram a maior parte de juros nas primeiras parcelas, de forma que a amortização da dívida é bem baixa no começo. Além disso, no contexto atual da economia, não há certeza de conseguir vender o apartamento a um preço mais alto do que o comprado, ou até pelo mesmo preço que se pagou, sem falar da necessidade de sair do apartamento para colocar para venda, pagar 2 condomínios até vender o apartamento (do antigo e do novo apartamento), remunerar os 6% a 8% do corretor de imóveis, etc.


• É uma fase de muita mudança e instabilidade. É muito comum a mudança de emprego, o que significa novo local físico de trabalho, que pode acabar sendo distante do endereço residencial. Dessa forma, pode ser interessante manter uma flexibilidade para mudança de endereço!


• No caso de recém-casados, é uma fase de muitos gastos e adaptação financeira. Muitas dívidas no início de uma vida conjugal pode ser uma dificuldade adicional muito perigosa, para uma fase de adaptação que naturalmente é bastante desafiadora.


• Podem haver alternativas! Certa vez auxiliei um casal (não metodista), onde ambos receberiam um bom valor dos pais (cerca de 300 mil). Eles tinham em mente um apartamento de R$ 1 Milhão, e entrariam em um caro financiamento de 30 anos. Fiz algumas simulações com eles, e mostramos que caso optassem por morar de aluguel nos primeiros 7 anos (pagando bem menos que o valor da parcela), e aplicassem o valor da diferença mensalmente, em 7 anos comprariam o apartamento à vista. Ainda que o imóvel valorizasse e demorasse mais um tempo, estamos falando de comprar um imóvel por menos de 1 terço do tempo que seria gasto usando um caro financiamento imobiliário. É usar os juros a SEU favor (em um investimento), e não contra você!


• Alugar um imóvel no início de uma vida a dois pode ser interessante, pois é possível alugar um apartamento menor, com apenas 1 quarto por exemplo (caso ainda não haja filhos ou perspectiva de gerar nos primeiros anos), e montar um plano de investimento mensal, com vistas a conseguirem comprar um imóvel à vista em algum tempo, ou pelo menos aumentar bastante a entrada, dependendo menos do financiamento.


Na próxima semana darei continuidade a este assunto! Se desejar, faça suas considerações no espaço abaixo destinado a comentários! Coloque suas questões e dúvidas, que eu possa trabalhar em cima disso em próximos textos!


Grande abraço e que Deus nos abençoe!

Ronaldo Bella Sócio da Allux Investimentos Membro na Catedral Metodista de São Paulo

#colunistas #finanças #ronaldo #Comprar #Imóvel

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