Desmistificando a Previdência Privada – Parte 3

"Quatro seres da terra são pequenos, e, no entanto, muito sábios: As formigas, criaturas de pouca força, contudo, armazenam sua comida no verão;” Provérbios 30.24-25“
...as formigas, tão pequenas, que sabem guardar comida para o inverno;” (BV)
Este é a 3ª e penúltima parte do assunto PREVIDÊNCIA PRIVADA.
Taxas de carregamento
Algo MUITO importante que o investidor em Previdência deve se atentar é com relação à cobrança de Taxas de Carregamento, que costuma ser apresentada de 3 formas: taxa de ENTRADA, taxa de SAÍDA e taxa HÍBRIDA.
A taxa de saída até tem sua “lógica”, pois serve para desestimular o investidor a querer resgatar algum valor da previdência, uma vez que esta, via de regra, tem objetivo de servir como veículo de investimento de LONGO prazo. Trata-se de uma taxa que algumas seguradoras cobram no resgate, taxa esta que decresce conforme o tempo de permanência no produto, ou pelo volume financeiro que se tem no produto.
A taxa de entrada é o inverso da taxa de saída: ela é cobrada logo na ENTRADA na previdência. Ou seja, em uma previdência que cobra 5% de taxa de carregamento de entrada, se você investe R$ 100, na verdade aplica R$ 95, já que R$ 5 são retidos como taxa. Isso quer dizer que você já começa a investir PERDENDO 5% do valor que investe, e que só será recuperado depois de alguns MESES de investimento. Portanto, FUJA de Previdências que cobrem taxa de entrada!
A taxa híbrida é mais incomum, pois é uma junção da taxa de entrada e da taxa de saída. Embora ela também possa chegar a zero dependendo do prazo e do volume acumulado, também é aconselhável que você procure opções de previdência que cobrem NO MÁXIMO taxa de saída, e não esta taxa híbrida.
Taxa de administração
Embora a Taxa de Administração seja “demonizada” por muitos, ela não é uma vilã em si mesma, pois é a REMUNERAÇÃO do gestor pelo trabalho de gerir o patrimônio do fundo e trazer rentabilidade para os investidores.
O que deve ser considerado neste caso é se a taxa está CONDIZENTE com o tipo de fundo, e com seus pares no mercado. Fundos conservadores (onde o gestor tem menos trabalho para decidir onde alocar o recurso) tendem a ter taxas de administração baixas (o ideal é que tenham até 1% ao ano de Taxa de Administração). Já fundos multimercados podem ter taxas mais altas, pois demandam do gestor uma equipe e um acompanhamento maior. Os fundos que possuem ações, por sua vez, são os que costumam possuir as taxas de administração mais altas, por conta da necessidade de acompanhamento muito maior.

Detalhe importante: a rentabilidade dos fundos é apresentada de forma já LÍQUIDA de taxa de administração, apenas não é líquida do Imposto de Renda, pois sua alíquota varia de pessoa pra pessoa (conforme vimos no texto anterior).
Portabilidade
Algo MUITO interessante que a SUSEP (Superintendência de Seguros Privados, órgão que regula todo o mercado de seguros e previdências) permite ao investidor é poder fazer a PORTABILIDADE de seu atual fundo de previdência, para outro fundo que o agrade mais. Ou seja, se você encontra em outra seguradora um fundo que está com performance melhor que o seu, é possível tranquilamente solicitar a portabilidade dos valores que possui no fundo, para o outro fundo de sua preferência, sem que seja preciso resgatar os valores.
É como uma portabilidade de celular, você solicita na operadora de destino que ela efetue a troca de operadora, sem que perca seu número!
Ainda tenho informações super importantes relacionadas à Previdência Privada, mas como o espaço é curto, finalizamos esta questão no próximo texto! Caso deseje fazer algum comentário abaixo, por favor não guarde a si, mas fique à vontade para compartilhar!
Grande abraço e que Deus nos abençoe!
Ronaldo Bella Sócio da Allux Investimentos Membro na Catedral Metodista de São Paulo