Ecclesia reformata et semper reformanda est


Ecclesia reformata et semper reformanda est.
Igreja reformada e sempre em reforma. Romanos 12.1
Na próxima terça-feira, 31 de outubro, comemoraremos os 500 anos da Reforma Protestante.
Lembrei-me do meu pai que, como ele mesmo dizia, não “servia” para morar em apartamento. Isso porque, de tempos em tempos, cismava que a casa ficaria melhor se sofresse uma pequena reforma. E então se punha a imaginar e fazer cálculos. Uma hora queria derrubar aquela parede ali; outra, abrir uma porta acolá, construir um banheiro extra, cobrir o corredor.
Morássemos em casa alugada, ele nem pensaria em reforma. Claro! Dedicar esforço, tempo e dinheiro para melhorar um imóvel que não é seu?
Pensei estar aí parte da resposta para a pergunta sobre os motivos pelos quais a Igreja, contrariando a frase de Lutero que dá título a este texto, deixou de promover reformas. Será porque muitos de seus membros ali estão apenas para passar uma chuva como se dizia antigamente?
Comunidade boa é aquela em que se dispensa especial atenção à tarefa de contribuir para que todos/as se sintam “em casa” quando na igreja. Foi o que aconteceu conosco nos últimos dias...
Porque sentimos que pertencemos à igreja e vice-versa, nós, membros de Santana, participamos com entusiasmo, contribuímos com alegria e nos engajamos com disposição a atividades e projetos que permitiram à igreja crescer e evoluir.
Quem, como em algumas outras igrejas, diz “eles” ao invés de “nós” quando se refere à igreja, dificilmente vai se envolver em atividades como a que nos manteve tão ocupados nos últimos dias: gente pintando, limpando, plantando, lixando...
Assim, para quem quer saber o segredo do “sucesso” da nossa reforma e do nosso jeito de ser igreja, digo que, depois da bênção e orientação divina, está o fato de que muitos dos avanços que vemos aqui foram alcançados com a participação das pessoas que assumiram a igreja como sua. Pessoas que passaram a afirmar, com alegria, algo como “Eu sou parte dessa igreja; e ela faz parte da minha vida!”.
Que bela forma Deus nos permitiu de comemorar a Reforma! Reformamos nossa vida, nosso relacionamento com Deus e nossa igreja colocando a mão na massa.
Meu pai certamente aprovaria e ficaria orgulhoso.
Patrícia Marques Pastora na IM em Santana