E lá se vai mais um dia, ah!

Escolhi esse tema para a reflexão de hoje justamente por estar aprendendo a vivenciar um dia após o outro. No meu caso, a imobilidade física é por um período pequeno, 60 dias. Esses dez primeiros parecem eternos. Meses antes da minha cirurgia, treinei bastante movimentos que já sabia que poderia me dar certa (ainda que pequena) autonomia. Por ser destra, fazer tudo com a mão esquerda, sem nenhum apoio da direita, é um desafio possível.

Penso em diversas pessoas que por diferentes situações precisam reaprender a viver. Algumas com limitações físicas, outras por questões emocionais; por luto pela morte de alguma pessoa querida, sonhos interrompidos, entre tantas outras situações. Há ainda pessoas que não estão imobilizadas fisicamente mas agem como se estivessem. A estagnação mediante algum medo, desespero, ou falta de harmonia com Deus ou consigo mesmas, a levam a não reagir.
Reaprender a viver com certas limitações, pode ser o caminho que Deus nos ensine e nos faça relembrar que somos parte de um corpo. Dificilmente seremos o todo. Permitir-se ser cuidada/o, para quem sempre cuidou, deixar alguém amarrar seu tênis, ajudar no cuidado corporal, são pequenas coisas que só quem passa, valoriza cada segundo. Certamente o versículo em I Tessalonicenses 5.18 passa a ter um significado muito particular: “ Em tudo daí graças...”.
Provavelmente não ficamos imaginando passar por situações como essa que descrevo, mas vivencia-las com gratidão e alegria, faz com que o dia seja mais tranquilo. O difícil seria não reconhecer a mão de Deus sobre o dia de hoje.
A mim cabe agradecer:
Obrigada Senhor por mais um dia, ah!
Patrícia Marques Pastora na IM em Santana