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O amor é lindo!?


Ronaldo
 

Se você perguntar a uma criança, a um adolescente, a um jovem senhor e um idoso a definição de “o que é o amor”, provavelmente obterá respostas um pouco diferentes.


Para uma pequenina criança de 4 anos chamada Mary Ann, “o amor é quando seu cachorro lambe sua cara, mesmo depois de você tê-lo deixado sozinho o dia inteiro”. De fato, sinto este amor do meu próprio cãozinho quando chego em casa! Para outra menina de 6 anos chamada Chrissy, de 6 anos, “o amor é quando você sai para comer e oferece suas batatinhas fritas, sem esperar que a outra pessoa te ofereça as batatinhas dela”. Bom, se esta última afirmação é verdadeira, conheço casais que duvidariam um pouco do amor um do outro, rsrs!


Um adolescente, eventualmente, poderia definir o amor como uma palpitação muito forte e acelerada no coração cada vez que seus olhos se cruzam com a menina de quem gosta.


Um jovem senhor, eventualmente, poderia definir o amor não apenas como um sentimento, uma emoção, mas principalmente como uma decisão. Em fases mais delicadas da vida adulta, o amor pode se refletir muito mais na DECISÃO de continuar ao lado do cônjuge, do que apenas no ardor sentimental do amor.


Para um idoso, eventualmente, o amor poderia ser definido como companheirismo, ou como a disposição de parar, ouvir atentamente e aconselhar de forma sábia os mais jovens.


Dei toda esta volta, para mostrar que o amor não possui uma definição estrita, pelo contrário. A definição do amor é bastante ampla, e pode mudar ao longo da vida. Provavelmente você tenha muitas outras definições de amor, além das poucas que citei acima. Apenas quero manter em mente a amplitude que a definição de amor possui, ao tratar de um versículo bastante desafiador da Palavra de Deus.


“Pois o amor ao dinheiro é raiz de todos os males. Algumas pessoas, por cobiçarem o dinheiro, desviaram-se da fé e se atormentaram a si mesmas com muitos sofrimentos.” (1 Timóteo 6.10 – convido a ler o trecho inteiro)


Alguns se enganam acreditando que o amor ao dinheiro é algo apenas sentimental. Como não sentem emocionalmente o amor ao dinheiro, não se veem inclusos neste versículo ou desafiados por ele. Porém, como vimos, o amor pode ter definições diferentes e complementares. Você pode não sentir o amor ao dinheiro na sua emoção, mas suas ações podem demonstrar que você, sim, o ama.


Há alguns anos conheci um senhor (não é metodista ou cristão, fiquem tranquilos rs!), beirando seus 70 e tantos anos. Ele possuía um patrimônio muito grande, que rendia para ele na época por volta de R$ 1,5 Milhão por mês. Em certo momento da conversa, ele contou que já havia tido 2 princípios de enfarto e havia sido muito mal atendido pelo SUS. Ele não tinha plano de saúde particular, pois achava que eram caros para sua idade. Realmente são MUITO caros, porém ele tinha PLENAS condições de possuir um e ser muito bem atendido. Não o fazia, muito provavelmente, pelo amor ao dinheiro. Não amor no sentido de emoção, mas no sentido da “segurança” que ele sentia ao olhar os números no extrato do banco.


Mas engana-se quem acha que está suscetível ao amor ao dinheiro apenas quem possui posses. O exemplo que citei acima é de certa forma “extremo”, porém o amor ao dinheiro pode se refletir de diversas outras formas, como, por exemplo, quando você acumula dívidas e mais dívidas apenas para adquirir bens muito acima de sua condição de vida no momento. Quando você abre mão continuamente de estar com sua família, apenas para satisfazer seus (intermináveis) desejos de consumo. Quando oprime seus colegas de trabalho ou funcionários para enriquecer (por exemplo, puxando tapetes de colegas ou pagando de forma injusta seus funcionários – Pv. 22.16). Quando se considera superior, mais importante ou mais sábio que os outros, como se sua opinião devesse sempre sobressair a de seus irmãos e irmãs, apenas pelo patrimônio que possui (Pv. 28.11), dentre várias outras formas. De fato, é um multiforme amor que se torna a raiz de muitas formas de mal, tanto a si, quanto a outros.


Não é pecado ou errado ter dinheiro. Trabalhando com investimentos e educação financeira há alguns bons anos, entendo bem o valor de ter uma vida disciplinada de poupança que o sustente no futuro, que o proteja de dívidas e percalços da vida, que permita investir mais na missão, e que permita proporcionar uma vida digna à sua família. O sábio já dizia em Provérbios 13.22a: “O homem bom deixa herança para os filhos de seus filhos”. Aliás, esse pequeno trecho revela uma rica lição: que não basta apenas poupar, é importante também ensinar educação financeira a seus filhos, para que a herança chegue aos filhos de seus filhos (outras gerações).


O problema não está no dinheiro em si, mas na forma como você lida com ele, na forma como se relaciona com ele, e em como isso dita suas decisões e relações familiares e profissionais.


No meu entendimento, um dos melhores e mais eficazes remédios de Deus para curar o amor ao dinheiro é a CONTRIBUIÇÃO. Como meu espaço é pequeno, entrarei neste assunto em um próximo texto, o Senhor permitindo, assim como pretendo me aprofundar mais no próprio assunto do amor ao dinheiro.


Grande abraço e que Deus nos abençoe!

Ronaldo Bella Sócio da Allux Investimentos Membro na Catedral Metodista de São Paulo

#colunistas #finanças #ronaldo #amor

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