QUEM PISCAR, PERDE!


O Dia dos Namorados se aproxima. É uma data marcada pelo romantismo, pelo jantar a dois, pelos bilhetinhos apaixonados, pelos presentes que serão trocados...
Imagine aquele apaixonado casal de namorados que forma aquele par perfeito. Eles “batem” em tudo: nos gostos, nos projetos, nos sonhos... E até torcem para o mesmo time... Mas há uma área em que são diferentes: um ama a Casa do Pai, se alimenta dominicalmente dos cultos e das mensagens, e desenvolve ali o seu ministério.... O outro apenas observa, sem esconder seu ar de perplexidade.
De certa forma é compreensível, pois quem nunca se envolveu nos caminhos da fé, é difícil entender porque você precisa ir “novamente” à igreja para cultuar, se já foi na semana anterior.
Talvez esta seja a história que vivem hoje, nossos moços e moças, que um dia nasceram em Cristo.
Aprendemos desde cedo, na Bíblia, que há algumas coisas que potencialmente podem afetar o nosso relacionamento com Deus: o amor ao mundo, as paixões da carne, e as investidas do diabo. Mas, com o tempo, também descobrimos que existem “coisas boas” que podem nos levar para um lento e gradual esfriamento da fé e afastamento da casa de Deus.
Sucesso profissional, aquisição de uma propriedade ou os desafios de uma faculdade, por exemplo, são coisas boas em si mesmas... Porém, podem “inverter” as nossas prioridades e nos afastar da vida de comunhão. Mas, ironicamente, a melhor de todas as coisas boas, é justamente aquela que mais tem afastado cristãos do Caminho: quando encontram o amor de sua vida, e ele (ou ela) não professa da mesma fé. O que poucos percebem é que está iniciando ali uma sutil e silenciosa batalha no mundo espiritual.
Ora, é propósito do Pai que o futuro casal seja “uma só carne”, que sirvam ao Senhor, e que pela fé aprendam a olhar juntos na mesma direção. Ao mesmo tempo, aquele que “cega o entendimento dos incrédulos” (2Co 4.4), atuará incansavelmente para que ambos se afastem de Deus.
Quem vencerá? O que se mostrar mais forte. Quem ainda não é de Deus estará observando atentamente ao outro, e se sentir fraqueza e fé vacilante, agirá para anular de vez a ‘oposição’. Quem “piscar” primeiro perde.
O fato é que, se na fase da gentileza, e da paixão, não se resolver a questão a favor da vida de fé em comum, não será depois na ‘segurança’ do casamento que haverá de ceder a Deus o espaço na vida do casal. Isso explica porque tantas pessoas “sozinhas” presentes aos cultos em todas as comunidades de fé.
O profeta Amós adverte que para dois andarem juntos é necessário haver entre eles acordo (Am 3.3). Portanto, se este é o seu caso, proponha um acordo desde o início do relacionamento e mostre que para você, o amor a Deus e à Casa do Pai, é inegociável. E se você não “piscar”, a outra parte só poderá finalmente dizer: “Aonde quer que fores, irei eu...O teu Deus será o meu Deus” (Rute 1.16).
Há muito poucas coisas na vida que são realmente importantes. E uma delas é viver para servir a Deus. E que as coisas boas, ao invés de atrapalhar, fortaleçam a sua relação com Ele. “Então, vereis a diferença entre o que serve a Deus e o que não o serve” (Ml 3.18)
E feliz “Dia dos Namorados”. Esse negócio também pode ser de Deus. Daniel Rocha Pastor na IM Central em Santo André