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TEMPO DE FALAR… E TEMPO DE CALAR


Ronaldo
Baobás

A palavra é um maravilhoso instrumento de comunicação. Mais que isso: com a palavra construímos pontes entre as pessoas, consolidamos amizades, criamos poemas e canções. Pela palavra expressamos nossos bons sentimentos, e por ela abençoamos vidas.


Palavras curam, palavras trazem alívio, alegria, e um novo ânimo, “palavras agradáveis são como favo de mel: doce para a alma e saúde para o corpo” (Pv 16.24). Bem utilizadas, são portadoras de vida, mas também podem trazer a morte: “A morte e a vida estão no poder da língua” (Pv 18.21). Com ela, bendizemos a Deus e amaldiçoamos os homens: “De uma só boca procede bênção e maldição” (Tg 3.10).


Ao invés de construir, destrói, ao invés de fortalecer laços, separa e desune, ao invés de aproximar, afasta. E onde deveria ser canal de benção, é fonte de tristeza.


Cuidado com o falar excessivo: “No muito falar não falta transgressão, mas o que modera os lábios é prudente” (Pv 10.19). É necessário haver um controle de nossas palavras. A Bíblia diz que haverá tempo de falar e tempo de ficar calado (Ec 3.7). Não banalize a palavra. Não é pelo nosso “muito falar” que as coisas se resolvem.


Nossa primeira reação diante de algo que nos ofendeu ou nos magoou é reagir imediatamente. Não ceda ao impulso de falar, de responder “à altura”... Busque a direção do Espírito para saber como responder. E sempre lembrando que “a palavra branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira” (Pv 15.1).


Não tem jeito: ou o Espírito nos domina ou seremos dominados pelo nosso temperamento. E sejamos sinceros... ele não é muito confiável.


Não fale nada pela carne. Não fale nada que não edifique. Não fale nada quando estiver com raiva. Não fale nada que você venha a se arrepender mais tarde. Fale na hora certa, no momento certo… faça como Abigail que teve sabedoria de esperar o seu marido Nabal ficar sóbrio para lhe contar o que fizera (1Sm 25.36-37).


Não fale nada se não tiver algo a dizer. Saiba que a presença silenciosa de um irmão ao lado de quem sofre traz mais conforto que uma multidão de palavras.


Não fale qualquer coisa, não fale por falar. Se tiver de exortar ou corrigir, fale chorando, fale com dor, fale com amor, fale com temperança, mas nada além do necessário.


A coisa é tão séria que a Bíblia afirmar que "maior é aquele que domina o seu espírito, do que o que toma uma cidade” (Pv 16.32).


Se você fala pouco e com sabedoria, vão lhe procurar para ouvi-lo. Se você fala muito, e repete a todo o momento sempre as “mesmas” coisas, as pessoas podem até ouvi-lo, mas não irão escuta-lo (lembre-se: “ouvir” é receber os sons pela audição, e “escutar” é prestar atenção, perceber, acolher a palavra).


Deus criou o mundo pela palavra. As palavras podem criar, mas também podem destruir. Quando falar, que seja para abençoar.


Sabedoria é saber reconhecer que precisamos da ajuda divina naquelas áreas onde temos dificuldades, e os erros se repetem.... Nesse caso, é preciso orar ao Senhor e suplicar:


“Ó Senhor, controla a minha boca e não me deixes falar o que não devo!” (Sl 141.3). Daniel Rocha Pastor na IM Central em Santo André

#colunistas #Daniel #falar #calar

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