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Você acredita em fantasmas?


Ronaldo
 

“Ensina a criança no caminho em que deve andar, e,ainda quando for velho, não se desviará dele.”

Provérbios 22.6

 

Eu acredito! E já me deparei com vários ao longo da minha vida!


Os capítulos 11 e 12 do livro de Juízes nos contam a história de Jefté.


Ironicamente morando numa cidade conhecida por seus bálsamos (remédios), Jefté não teve uma vida fácil, tornando-se um homem doente de alma. Ele era filho de uma prostituta, resultado de uma relação extraconjugal de seu pai Gileade. Não foi um filho planejado, sonhado, almejado, pelo contrário, foi fruto da lascívia e da vergonha, não do amor.


Ele conviveu com seus irmãos por parte de pai, e desde muito cedo sofreu de todas as formas, seja vendo sua mãe prostituta sempre com um homem diferente, seja com a discriminação de seus irmãos (e com a falta de atitude de seu pai com relação a isto), seja com a própria sociedade altamente discriminadora da época.


Quando ele e seus irmãos cresceram, estes o expulsaram de casa, dizendo que não receberia nenhuma herança, por ser filho de outra mulher. Não há qualquer relato quanto a seu pai ter tentado intermediar a situação ou ficado ao seu lado. Jefté então fugiu de seus irmãos e mudou de cidade, passando a conviver com um bando de vadios e levianos, igualmente excluídos.


Creio que toda esta vivência, sendo alguém sem nada a perder, colaborou para que Jefté se tornasse um “guerreiro valente”, alguém com a violência e a guerra fluindo nas veias. Tornou-se conhecido como guerreiro, de forma que quando Israel entrou em guerra, convidaram-no para ser comandante de Israel.


Influenciado pelo “fantasma” do desprezo e da amargura, não demorou a lembrar a todos do ódio que todos sentiram dele, e da expulsão que sofreu. Jefté aceitou o convite, creio eu, pela chance de se ver dando a volta por cima, devolver a humilhação que sofreu, tornando-se chefe de todos os que viviam em Gileade, os mesmos que o haviam expulsado no passado.


A história continua, e recomendo a leitura de todo o texto. O que desejo me ater aqui é ao fato de que nossas atitudes hoje são invariavelmente impactadas por nossa história de vida, por nosso passado! Inclusive a forma de lidar com nossas finanças!


Pais com pouco tempo para seus filhos são assombrados pelo “fantasma da compensação”. Podem procurar compensar seus filhos da falta de tempo que tem para eles, na forma de não impor limites financeiros aos filhos, dando tudo que eles querem, não conseguindo transmitir a estes o valor do dinheiro.


Adultos que sofreram fome em suas infâncias são assombrados pelo “fantasma da necessidade”, e podem reagir de formas diferentes: ou tornam-se sem limites para si mesmos e seus filhos, para que estes não passem pelas mesmas privações que eles, ou então tornam-se avarentos, apegando-se ao dinheiro para que nunca mais sintam na pele o que a falta dele traz.

Pessoas que desenvolveram baixa autoestima em sua vida adulta são assombrados pelo “fantasma da carência”, podendo estar sempre aptos a emprestar dinheiro a pessoas mesmo com prejuízo próprio, ou entrar em negócios ruins, com a intenção de conquistar o amor das pessoas e se tornarem pessoas importantes na vida de outros.


Poderia discorrer muito mais sobre “fantasmas” absolutamente reais, mas creio que você entende o que quero dizer. Meu convite é para uma autorreflexão, para uma autocrítica quanto à forma de lidar com seu dinheiro.



Com estão suas finanças? Por que você lida da forma como lida com suas finanças? Como seu passado impacta sua vida financeira hoje? Está endividado? O que levou você a esta situação? O desejo de se compensar? O desejo de conquistar o amor das pessoas? Ou apenas falta de organização e controle mesmo? Tem dificuldades de gastar dinheiro? É por um bom motivo (conquistar alvos financeiros sadios) ou é assombrado pela avareza?


Se você identificar algum tipo de fantasma que o assombra atualmente, de forma a influenciar negativamente sua forma de lidar com o dinheiro, tome uma atitude! Mude! Busque auxílio em Deus, em Sua Palavra, que fala muito a respeito de finanças! Ou até mesmo compartilhe com pessoas de sua confiança! Converse com seu pastor, com profissionais do mercado (coachings, educadores financeiros, etc) ou mesmo um psicólogo.


Faça o que for, apenas não perpetue uma forma ruim e “assombrada” de lidar com seu dinheiro! No que eu puder ajudar, estou à disposição!


Grande abraço e que Deus nos abençoe!

Ronaldo Bella Sócio da Allux Investimentos Membro na Catedral Metodista de São Paulo

#colunistas #finanças #ronaldo

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